Bullying na escola

 


Olá pequeno girassol, tudo bem com você? Espero que sim!

Nesse post de hoje, vamos conversar sobre o filme “Confissões de uma garota excluída” (disponível na Netflix). E sim, contém spoiler, se preferir, pause a leitura e assista, depois você retorna aqui para continuarmos nosso papo, ok?

Esse filme é nacional, só por isso merece todos nossos aplausos, pois a produção ficou maravilhosa.

Mas, não é sobre isso que vamos falar!

O filme aborda o cotidiano de uma menina que é excluída na sua escola, mas que por se destacar nas suas notas, um dos meninos mais populares do colégio se aproxima dela e eles mantêm uma amizade bem próxima.

Ela, toda encantada pelo garoto, acaba se apaixonando, e quando ele vai agradecer pelas notas, ela acredita que eles iriam se beijar, mas não rolou beijo nenhum, e ela fica com ‘cara de tacho’ no meio do corredor da escola. Essa situação gera outro apelido nela, que agora além de excluída era ‘mal amada’.

Bom, vamos parar por aqui com os spoilers, ok? Agora vamos entender melhor sobre essa situação, que não é tão atípica assim.

Na maioria das vezes, o(a) aluno(a) excluído(a) é aquele(a) que tende a tirar boas notas, não ir às festas e ser de aparência ‘estranha’, ou seja, aquele(a) que muitos já chamaram nerd.

Vamos focar no(a) nerd — não gosto muito dessa palavra, mas ok, seguiremos — que fica excluído(a) do restante da galera e que por vezes só é notado por seu bom desempenho escolar.

Eu já estive no lugar dela, já fui a excluída e também mal amada.

Mas, com o passar do tempo (e muita terapia) entendi que não tinha a ver diretamente comigo as falas, e sim com as pessoas que me atacavam. Aquele era o meu jeito de ser, e claramente é o jeito da menina do filme.

Isso NÃO DEVERIA ser motivo para piadas de péssimo gosto, nem para constranger alguém.

Por isso, é importante que a família (que no filme, também faz bullying com ela) esteja pronta para apoiar, para dar suporte e fortalecer as qualidades boas do(a) adolescente. Assim, uma vez sentindo-se acolhido(a) em casa, é mais “fácil” lidar com situações externas.

Trabalhar com adolescentes, me fez perceber o quanto eles querem se sentir aceitos no espaço em que ocupam, e muitos sofrem por não se sentirem parte de uma “tribo” ou grupo específico.

Por isso, é importante fortalecer suas qualidades positivas e olhar para as qualidades negativas, entender se faz de fato sentido essa necessidade de aprovação, ou se é apenas uma maneira de querer se sentir parte do ambiente.

Para isso, o relacionamento entre a família e o(a) adolescente é fundamental, pois nossas primeiras impressões sobre nós, vem de nossa família. Não é para você apenas elogiar, mas entender que quando seu/sua filho(a) faz algo que seja positivo, você precisa mostrar como ele(a) se superou para cumprir determinada coisa. E também, quando não fazer, esteja pronto para chamar atenção, não de modo grosseiro ou punitivo, mas acolhedor e oferecendo ajuda, se ele(a) precisar.

Seja sincero em tudo que for falar para seu/sua filho(a), assim você também oferecerá colo quando ele(a) precisar.  


 

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